Malaquias 2,(10) - Oséias 11 (1-4)
Isaías 49 (14-15) - Isaias 63 (16)
Malaquias 2,10: “Porventura não é um mesmo o Pai de todos nós? Por que então atraiçoa o irmão, violando o pacto de nossos pais?”
O pai é Javé (cf 1,6), de quem Israel por eleição é filho primogênito. Por causa da aliança (Ex 19, 5-6; 24,8) toda transgressão à lei é uma traição aos membros da comunidade, pois justamente por ela tinha se tornado o povo eleito.
Oséias 11, 1-4 : amor não correspondido : “ Quando Israel era ainda jovem, eu o amei, e do Egito chamei para fora o meu filho. Quantas vezes eu os chamava, outras tantas se iam afastando de mim; ofereciam sacrifícios aos baals e queimavam incenso aos ídolos e eu ensinava Efraim a andar, tomava-os nos braços, mas eles não entenderam que eu era quem os levava”. Atraía-os laços humanos, cuidava deles com vínculos do amor, e era para eles como alguém que leva uma criança ao colo, inclinava-me para dar-lhes alimento.”
A nação hebraica, apenas constituída era ainda jovem, e Deus tinha por ela o cuidado que a mãe tem pelo filhinho ( cf 31, 10-14). O meu filhinho: o povo hebreu (cf 4,22) – Já no Evangelho (MT 2, 15) estas palavras são aplicadas à volta de Jesus do Egito - “Ensinava a andar como uma mãe que ensina a criança a caminhar”. Quanta ternura neste delicado quadro! Laços humanos, convenientes a um ser inteligente e livre, como o homem, conquistando-lhe a mente e o coração sem o forçar.
Isaías 49, 14-15: Conforto para o povo aflito: “ Dissera Sião : Javé abandonou-me, o Senhor esqueceu de mim. Pode acaso, uma mãe esquecer o próprio filhinho, não se sensibilizar pelo fruto das suas entranhas?”
Primeiro motivo de consolo: Deus ama o seu povo mais do que uma mãe ama seus filhos. Ternura mais afetuosa não se pode encontrar – Sião, a cidade Sagrada da Capital e o coração da nação judaica, representa a nação inteira.
Isaías 63,16: Invocação ao Pai celeste: “Porque sois nosso Pai. Não é Abraão que se preocupa conosco. Israel nem sabe quem somos; mas vós, Senhor, sois nosso Pai e nosso, desde todos os tempos, é o vosso nome.”
Padre João Azeredo
Paróquia São Miguel