O rio Paraíba, que nasce em São Paulo e deságua no litoral fluminense, era limpo e abundante de peixes em 1717.
Encarregados de garantir o almoço do Conde de Assumar, então Governador da província de São Paulo, que visitava a Vila de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves subiram o rio e lançaram as redes sem muito sucesso próximo ao porto de Itaguaçu, até que recolheram o corpo da imagem. Na segunda tentativa, trouxeram a cabeça e, a partir desse momento, os peixes pareciam brotar ao redor do barco.
Durante 15 anos, Pedroso ficou com a imagem em sua casa, e recebia várias pessoas para orações e novenas. Mais tarde, a família construiu um oratório para a imagem. Em 1735, o vigário de Guaratinguetá levantou uma capela no alto do Morro dos Coqueiros.Com um número de fiéis cada vez maior, teve início em 1834 a construção da chamada Basílica Velha.
O ano de 1928, marcou a passagem do povoado nascido ao redor do Morro dos Coqueiros a município e, um ano depois, o papa Pio XI proclamava a santa como Rainha do Brasil e sua padroeira oficial. A necessidade de um local maior para os romeiros era inevitável. Em 1955 teve início a construção da Basílica Nova, que em tamanho só perde para a de São Pedro, no Vaticano.
O arquiteto Benedito Calixto idealizou um edifício em forma de cruz grega, com 173m de comprimento por 168m de largura ; as naves com 40m e a cúpula com 70m de altura, capaz de abrigar 45 mil pessoas. Os 272 mil metros quadrados de estacionamento comportam 4 mil ônibus e 6 mil carros. Tudo isso para atender cerca de 7 milhões de romeiros por ano.