14 de out. de 2013

Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil

(3ª parte)

A 1ª leitura de hoje destaca o papel de intercessora, mediante a figura bíblica da rainha Ester, que intervém junto ao Rei com seu povo, Israel. Na 2ª leitura a mulher – povo do apocalipse protege seu filho messiânico. No Evangelho aparece com maior clareza o papel mediador de Maria favor do povo. É o evangelho das bodas de Caná. Maria presencia uma festa de casamento, e também Jesus e seus companheiros. Quando falta vinho, Maria chama a atenção de Jesus para o impasse. E quando Jesus misteriosamente responde que ainda não chegou a sua hora – pois a sua hora mesmo é a sua Cruz – Maria não deixa de acreditar que Jesus transformará as bodas deste mundo em festa messiânica e plena alegria, vinho novo e tempo novo. Recomenda aos servidores que executem o que Jesus lhe disser. Talvez às cegas, mas confiantes no projeto de Deus e no Filho que Deus lhe deu, Maria assume sua missão de confiar o mundo a Ele.

João, no seu Evangelho, menciona Maria apenas duas vezes, aliás, sem chama - lá Maria, mas Mãe de Jesus e Mulher. A primeira menção é quando ela por assim dizer introduz Jesus na sua atividade pública, nas bodas de Cana. A outra é quando Ela acompanha Jesus até o fim, ao pé da Cruz. No primeiro texto, Jesus diz que sua hora ainda não chegou; É apenas o início dos sinais. O outro texto é quando se realiza “a Hora” de Jesus e sua obra é levada a termo, na Cruz. Em ambos os textos, Jesus se dirige a Maria com tratamento honroso de “Mulher” (nós diríamos: “Senhora”) termo muito ligado à imagem do Povo. A primeira vez, Jesus pronuncia a perspectiva da hora que deve vir à segunda vez confia à sua Mãe o seu legado: O discípulo amado que representa os fieis. Maria está no início e no fim da Obra de Jesus. Ela, a Mulher, a Mãe é a referencia de sua obra. Maria marca o lugar de Jesus neste mundo e está aí como referencia do discípulo que toma lugar do seu Filho.
Maria Mãe da Igreja!

Texto: Pe. João Azeredo.