(2ª parte)
A idéia de intercessão, na presente liturgia, concerne sobretudo a Pátria brasileira, portanto, uma realidade histórico-material. Pode-se pedir povo a Maria que ela cuide para que a ninguém, falte as condições para viver dignamente. Mas que neste pedido, então, se traduza também a disponibilidade para colaborar e participar no grande testemunho de amor que Cristo iniciou a assinalou por seu primeiro “sinal” em Caná. Ou seja, que os pedidos exprimam a vontade de colaborar no reino de paz e amor, o meio mais seguro para fazer acontecer a realização do que pedimos.Se pedimos bênçãos pela Pátria, devemos estar dispostos a nos tornar instrumentos daquilo que pedimos (integração de todos numa sociedade justa e fraterna etc.)
A 2ª leitura é a mesma da festa da Assunção. Pode-se destacar o papel de protestar que a Mulher simultaneamente igreja e Maria – exerce com relação ao filho messiânico. Que a Igreja se lembre, portanto, que a intuição da fé, aplicando esta leitura a Maria, viu a semelhança no papel de ambas. Gerar e levar o Salvador ao mundo, e presenciar sua vitória, eis o que Maria e a Igreja têm em comum. Destacando a figura de Maria, a Igreja assume, até certo grau, o que foi a obra de Maria. Isso vale também com relação à proteção da Pátria, que não é algo mágico, mas algo que se realiza mediante as nossas mãos, nosso empenho por uma Pátria melhor, mas justa, mas conforme a Vontade de Deus.
A aclamação ao Evangelho e o canto da comunhão aludem também à função “patrocinadora” de Maria.
MARIA, MULHER-POVO, MÃE DA IGREJA
Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil. O povo a chama simplesmente de Nossa Senhora Aparecida. Aliás, para a “Imaculada Conceição” temos outra festa, em 8 de dezembro. Mas vale a pena, apoiadas na Liturgia, estabelecer um nexo entre a eleição de Maria desde a sua concepção e seu papel de intercessora, em virtude do qual ela aparece como padroeira do nosso povo.