29 de jan. de 2012

O amor de Deus pelo Antigo Testamento - 3ª Parte



Eclesiástico 4 (15-18)
Sabedoria 7 (25-26) (18-29)





Eclesiástico 4, 15-18


“ Aquele que me escuta julgará com Verdade, e o que me prestar atenção habitará nas minhas íntimas moradas. Se confiar em mim, possuir-me-á, e a minha possa será confirmada na sua descendência. Pois tratarei com ele em segredo, e primeiramente, o porei à prova, incutir-lhe-ei, temor e trepidação, e investigá-lo-ei com tentações. Mas logo que me tiver acolhido no seu coração, e tiver eleito os meus ensinamentos, mostrar-lhe-ei o rosto, fá-lo-ei feliz, e desvendar-lhe-ei os meus arcanos.”



A sabedoria toma a palavra e continua a falar em primeira pessoa até o versículo 19, segundo o hebraico e o siríaco; o grego tem tudo em terceira pessoa. A sabedoria não pode fiar-se se não de quem está em disposto. Por isso, antes de se revelar a alguém, examina-lhe os sentimentos, comunica-lhe pouco a pouco. Se com os primeiros toques ele corresponde docilmente, seguir-se-á a plenitude das comunicações íntimas. Está é a sábia conduta de Deus para com os homens. Em perfeita harmonia com esta doutrina acha-se o princípio enunciado pelo (Salmos 18,27), no qual está dito que Seus “ com o sincero se faz sincero e com o fingido se faz tortuoso ”, adaptando-se assim às suas disposições; acha-se ainda a prática de Jesus Cristo, sabedoria encarnada, no seu ensino público, especialmente no uso das parábolas para instruir o povo.





 Sabedoria 7 (25-26) (18-29)


“ Ela é uma exalação do poder divino, um puro eflúvio da majestade do todo poderoso; por isso, nada de manchado nela entra. É um reflexo, da luz eterna, um espelho terno da atividade de Deus, e a imagem de sua bondade. Deus nada ama, afora o que convive com a sabedoria; porque ela é mais brilhante do que o sol, excede todas as constelações; comparada à luz, leva-lhe a palma.”

Descrição da sabedoria como procedente de Deus e irradiante dessa fonte de luz infinita. É imagem apta a dar-nos alguma idéia da procedência de uma pessoa divina da própria fonte da divindade. De onde São Paulo, usando expressão quase idêntica, define o verbo de Deus.



Quem desposa a sabedoria, 
torna-se amigo de Deus.


Pároco Pe.João Azeredo