Tradicionalmente, nossa Igreja Católica Apostólica Romana dedica este mês à Virgem Maria. Somos sempre convidados a renovar a devoção e nosso amor filial pela Mãe de Jesus, e devemos entender qual o papel que Ela deve ocupar em nossa vida.
Primeiramente, faz-se necessário
saber que a veneração à Nossa Senhora encontra embasamento na Sagrada Escritura, como podemos ver nas palavras
ditas pelo anjo ao anunciar que ela seria a mãe do Salvador :
“ Ave cheia de Graça! O Senhor é contigo ”.
(Lucas 1,28)
ou nas palavras de Isabel
ao receber sua visita
“ Bendita és tu entre as mulheres,e
bendito o
fruto do teu ventre ”
fruto do teu ventre ”
(Lucas 1,42)
Ou ainda na resposta de Maria, afirmando que deveria ser proclamada por todas as gerações como Bem Aventurada (Lucas
1,48).
A doutrina da Igreja, estabelece
três tipos diferentes de cultos a serem prestados pelos fiéis:
Latria, Dulia e o Hiperdulia.
Latria é o culto de adoração
que prestamos a Deus. Dulia é o culto de veneração que prestamos aos
santos. Hiperdulia é o culto veneração especial que prestamos à
Nossa Senhora. A Igreja não presta à Maria e aos Santos o mesmo
culto que presta a Deus, pois só a Ele devemos adoração. Entretanto, o culto que a Igreja presta à Nossa Senhora reveste-se de um caráter especial e está
acima do culto prestado aos Santos. Isto se deve ao papel especial que Ela ocupa no plano Salvífico de Deus, tendo sido escolhida para trazer ao mundo o
próprio Deus feito homem.
Quando Cristo, no caminho do calvário, entregou sua mãe ao discípulo que ele amava (João 19,26-27), entregou-a também a nós e desde então, por decreto do Senhor, somos todos Filhos de Maria, como nos recorda o Beato João Paulo II :
Quando Cristo, no caminho do calvário, entregou sua mãe ao discípulo que ele amava (João 19,26-27), entregou-a também a nós e desde então, por decreto do Senhor, somos todos Filhos de Maria, como nos recorda o Beato João Paulo II :
“ Na anunciação, Maria
dá no seu seio a natureza humana ao filho de Deus ; aos pés da Cruz, em João,
recebe no seu coração toda a humanidade. Mãe de Deus desde o primeiro instante
da encarnação, ela torna-se mãe dos homens nos últimos momentos da vida do
Filho, Jesus ”.
Celebrar o mês de maio é portanto, reafirmar o nosso amor por aquela que encontrou graças aos olhos de
Deus, sendo escolhida para ser mãe do Salvador da humanidade. É para o “sim” de Maria e ter forças para
dizer também o nosso “sim” aos planos do Senhor em nossas vidas. É olhar para o sim de Nossa Senhora e acreditar que Ela intercede verdadeiramente junto a seu filho por cada um de nós.
“Ao celebrar o ciclo anual dos mistérios de
Cristo, a Santa Igreja venera com particular amor a bem-aventurada Mãe de Deus,
Maria, que por um vínculo indissolúvel está unida à obra Salvífica de seu
filho; em Maria, a Igreja admira e exalta o mais excelente fruto da redenção e
a contempla com alegria como puríssima imagem do que ela própria anseia e
espera ser em sua totalidade ”
(Catecismo da Igreja Católica número 1172)