20 de jan. de 2013

Dia de São Sebastião

20 DE JANEIRO

" De acordo com Actos apócrifos, atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, Sebastião era um soldado que teria se alistado no exército romano por volta de 283 d.C. com a única intenção de afirmar o coração dos cristãos, enfraquecido diante das torturas. Era querido dos imperadores Diocleciano e Maximiliano, que o queriam sempre próximo, ignorando tratar-se de um cristão e, por isso, o designaram capitão da sua guarda pessoal, a Guarda Pretoriana.

Por volta de 286, a sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos levou o imperador a julgá-lo sumariamente como traidor, tendo ordenado a sua execução por meio de flechas (que se tornaram símbolo constante na sua iconografia). Foi dado como morto e atirado no rio, porém, Sebastião não havia falecido. Encontrado e socorrido por Irene (Santa Irene), apresentou-se novamente diante de Diocleciano, que ordenou então que ele fosse espancado até a morte. Seu corpo foi jogado no esgoto público de Roma. Luciana (Santa Luciana, cujo dia é comemorado em 30 de Junho) resgatou seu corpo, limpou-o, e sepultou-o nas catacumbas. "

 " Relatos históricos citam que durante a Batalha das Canoas, na Praia do Flamengo, Estácio de Sá, pedindo a intercessão de São Sebastião, expulsou os calvinistas franceses do Estado da Guanabara. Em seguida, ergueu uma capela de palha em honra ao glorioso mártir, na Praia Martin Afonso, atual Praia Vermelha. A última ordem de Estácio de Sá foi que se cumprisse seu desejo de ser sepultado nessa capela."

  

13 de jan. de 2013

Batismo de nosso Senhor (C) - 2ª parte

TOMADO DO MEIO DO POVO, ENVIADO POR DEUS


As vezes se percebe na Igreja certo conflito entra agentes de evangelização que procuram inserir-se nas lutas do povo, e os que tentam buscar o povo para rezar.

Será que, necessariamente,
essas duas coisas incompatíveis ?

Com trinta anos de idade, Jesus se deixou batizar por João Batista (evangelho). Ele aderiu ao movimento de conversão lançado por João. Nem todos os judeus aderiram a esses movimentos, e os fariseus e os sacerdotes O criticavam. Mas os pecadores, os publicanos, os soldados e as prostitutas, se deixaram purificar por João, para poderem participar do reino de Deus. Jesus, também foi solidário com os que se queriam converter, e se deixou batizar. Ele foi batizado junto com todo o povo, e encontrando-se em oração (junto a Deus e no meio do povo) ouviu a voz: 
 "Tu és o meu filho amado,
em ti encontro o meu agrado"

E recebeu o espírito de Deus para cumprir a missão de libertar os oprimidos (1ª leitura) e anunciar a boa-nova do Reino aos pobres. Deus O chamou e O enviou exatamente no momento em que vivia em total solidaridade com o povo, e com próprio Senhor. Ele podia ser o libertador desse povo.

Houve um tempo em que a Igreja não entendia bem essas coisas. Considerava o povo como mero objeto de evangelização. Mandava evangelizadores que não viviam em solidariedade com eles. Havia até padres que sentiam nojo, não só do pecado como também do pecador... Nossa Igreja redescobriu a importância de seus evangelizadores viverem solidários com os que devem ser evangelizados, de sentirem seus problemas, dificuldades e sua boa vontade.

Mas para poderem transmitir a mensagem evangelizadora, é preciso que estejam perto de Deus, e na oração escutem a sua voz. E isso não vale para os padres e religiosos, mas para todos os que Deus quiser enviar para levar sua palavra aos irmãos: catequistas, ministros, leigos, líderes e pessoas que ocasionalmente têm que transmitir um recado de Deus. Tem de haver solidaridade com o povo e união com Deus. Sendo assim, o modelo do batismo de Jesus será sempre a base de nossa missão.

Pe.João Azeredo

12 de jan. de 2013

Batismo de nosso Senhor (A/B/C) - 1ª parte

Jesus recebe sua missão na oração


 O relato do apóstolo Lucas sobre o Batismo de Jesus, se caracteriza pela menção da oração, feição constante deste evangelho. Jesus, exemplo para o cristão, procura na oração a vontade do pai. Vontade que se manifesta na visão do céu aberto e na vinda do Espírito Santo (cf. comentário ano B). No conjunto da obra, o batismo é o início da atuação messiânica de Jesus (cf. Atos 10,37 1ª leitura). Por isso, segue-se a genealogia, como convém quando se descreve a investidura de um alto dignatário.

Nós podemos ver no fato de Jesus receber sua missão na oração, um exemplo para nossa vida. Recebemos a missão de Deus no encontro com Ele, em silêncio imerso no mistério da vida divina. Não recebemos por razões humanas (sucesso, insistência de partidários, ...), mas por buscar a vontade de Deus.


Observa-se que embora tendo contemplado Deus, Jesus não está separado do povo, mas participa com todo o povo no movimento que surgiu em torno de João Batista. Cristo é o protótipo do fiel na Igreja e na humanidade. A genealogia inserida por Lucas remonta até "Adão, filho de Deus". Assim seja o cristão:

Que participando com seus irmãos na comunidade do batismo, esteja em contínua união com o Pai e assuma sua missão para a salvação de todos.

Pe.João Azeredo

9 de jan. de 2013

Matrimônio George e Juliana - 10/11/2012

FAMÍLIA, MAIOR RIQUEZA EM JESUS CRISTO. A CRUZ SAGRADA SEJA NOSSA LUZ !
"O SANGUE DE CRISTO ESTÁ ENTRE NÓS E O PERIGO"
PE.JOÃO AZEREDO
"POR CRISTO NOSSO SENHOR"
MISSA - ALIANÇA COM DEUS
"CORPO DE CRISTO SALVAI-NOS"
 "SANGUE DE CRISTO INEBRIAI-NOS"
  Toda nossa gratidão a Comunidade,
em Paróquia São Miguel :

" (...) Vocês nos enviaram ajuda, para
aliviar nossas necessidades (...)

Filipenses 4 (10-23)

George, Juliana e Pedro

6 de jan. de 2013

Epifania de nosso Senhor (C) - 2ª parte

CRISTO PARA OS DE LONGE

Na Igreja oriental, 6 (seis) de janeiro é Natal. Na igreja ocidental romana, é a Epifania, a manifestação do Senhor., O que acrescenta a Epifania ao Natal? Representa a manifestação de Cristo aos que vêm de longe. Deus avisou aos magos do oriente a respeito do nascimento do Salvador.
Os magos viviam em países longínquos, que o povo de Israel lembrava com certa amargura: a Babilônia, terra do exílio; a Arábia, terra inóspita; E outras; Representantes dessas  terras tão alheias vão adorar o messias em Belém, cidade de Davi. Assim, anuncia-se pela 1ª Leitura e Evangelho. Já na 2ª Leitura, se aponta a unificação de Israel com os "gentios" (os pagãos do mundo grego na Europa), no novo povo de Deus, que é a Igreja, corpo e presença atuante de Cristo no mundo de hoje. Todos participam da mesma herança:  a salvação em Cristo. 
O menino nascido em Belém atraiu os que viviam geograficamente longe de Israel. Mas a atração exercida por Ele, envolve também os socialmente e religiosamente afastados, os pobres, os leprosos, os pecadores e pecadoras... Todos aqueles que de alguma maneira estão acomodadas, e longe da religião estabelecida, recebem por Jesus um convite para se reaproximarem de Deus.

Quem seriam esses "longínquos" hoje? Os muçulmanos do Iraque (a antiga Babilônia) e da Arábia?  Por que não? Talvez a estrela brilhe de modo especial para os que em nosso próprio ambiente católico, ficaram afastados do templo. O povo que ficava no fundo da igreja, ou não ia a Igreja porque não tinha roupa "apropriada"... Graças a Deus estão surgindo em capelas, nos barracos das favelas, bem semelhantes ao lugar onde nasceu Jesus, onde a roupa não causa problemas. Há também os que se afastaram porque seu casamento despencou (muitas vezes se pode até questionar se este foi realmente válido). 
Jesus se aproximou da samaritana,
uma pecadora e adúltera. 
Será que para estas pessoas não brilha
alguma estrela de Belém?

E os que viraram as costas aos problemas do povo,
haverá um convite para esses também ?

Será que, numa Igreja renovada, o menino Jesus poderá brilhar de novo para todos os afastados, como um sinal de salvação e libertação? Depende das atitudes dos "fiéis". Se ser fiel significa permanecermos com o nosso grêmio, com os nossos costumes de sempre, bem protegido contra quem possa ter outra experiência de vida, ou outra visão do mundo, então a luz de Cristo não vai ser vista de longe. Mas se ser fiel é entendido como uma imitação da vida missionária de Jesus, que vai ao encontro daqueles que estão longe, a gloriosa manisfestação do filho de Deus brilhará a longa distância.
Pe.João Azeredo

Epifania de nosso Senhor (A/B/C) - 1ª parte

ONDE A ESTRELA PAROU ?
 
A festa da Epifania marca a fase final do natal. Históricamente6 (seis) de janeiro, é a data do Natal no Oriente. Mas a igreja ocidental latina, que celebra o Natal no dia 25 de dezembro (cf. ali a nota 1), conservou a data de hoje com o nome de EPIFANIA, tornando-a um sinal de unidade entre a Igreja oriental e a ocidental. 

Celebramos neste dia, a manifestação de Deus (Epifania-em grego), que pela figura dos reis magos, representando o mundo inteiro, vão adorar o menino Jesus em Belém. A liturgia retoma o tema da luz que não brilha, não só para o povo oprimido de Israel (1ª leitura Noite de Natal), mas para todos os povos, segundo a visão do profeta universalista que escreveu o fim do livro de Isaías (1ª leitura). Jerusalém, foi restaurada depois do exílio babilônico, e é vista como o centro para o qual convergem as caravanas do mundo inteiro. Essa visão recebe um sentido pleno quando reis astrólogos do oriente procuram o messias nascido de Davi nos arredores de Jerusalém, em Belém, cidade de Davi (Evangelho). A 2ª Leitura (Efésios 3,2-6), comenta esse fato como revelação do mistério de Deus também para os pagãos.

Toda a liturgia de hoje é permeada pelo sentido universal da obra de Cristo. Mas para não cairmos no universalismo abstrato e global das grandes declarações internacionais, que nunca chegam até o chão, encontramos aqui, como na festa da mãe de Deus, a inserção bem concreta de Jesus num ponto "parcial" da humanidade. Mesmo não sendo a menor das principais cidades de Judá (Mateus 2,6), Belém é um povoado que os magos nem sequer encontram no mapa. Contudo, nesse momento, é o centro do mundo. Ezequiel, por volta de 580a.C., chama esta aparentemente insignificante terra de Israel de "umbigo da Terra" (Ezequiel 38,12).

O ponto por onde passa a salvação
não precisa ser grandioso.

Belém não representa o império oficial do poderoso Herodes, mas a comunidade-testemunha. É o centro do mundo, não para si mesma, mas para quem procura o agir de Deus.

Deus se manifesta no meio dos pobres,
no Jesus pobre.

Pe.João Azeredo