13 de jan. de 2013

Batismo de nosso Senhor (C) - 2ª parte

TOMADO DO MEIO DO POVO, ENVIADO POR DEUS


As vezes se percebe na Igreja certo conflito entra agentes de evangelização que procuram inserir-se nas lutas do povo, e os que tentam buscar o povo para rezar.

Será que, necessariamente,
essas duas coisas incompatíveis ?

Com trinta anos de idade, Jesus se deixou batizar por João Batista (evangelho). Ele aderiu ao movimento de conversão lançado por João. Nem todos os judeus aderiram a esses movimentos, e os fariseus e os sacerdotes O criticavam. Mas os pecadores, os publicanos, os soldados e as prostitutas, se deixaram purificar por João, para poderem participar do reino de Deus. Jesus, também foi solidário com os que se queriam converter, e se deixou batizar. Ele foi batizado junto com todo o povo, e encontrando-se em oração (junto a Deus e no meio do povo) ouviu a voz: 
 "Tu és o meu filho amado,
em ti encontro o meu agrado"

E recebeu o espírito de Deus para cumprir a missão de libertar os oprimidos (1ª leitura) e anunciar a boa-nova do Reino aos pobres. Deus O chamou e O enviou exatamente no momento em que vivia em total solidaridade com o povo, e com próprio Senhor. Ele podia ser o libertador desse povo.

Houve um tempo em que a Igreja não entendia bem essas coisas. Considerava o povo como mero objeto de evangelização. Mandava evangelizadores que não viviam em solidariedade com eles. Havia até padres que sentiam nojo, não só do pecado como também do pecador... Nossa Igreja redescobriu a importância de seus evangelizadores viverem solidários com os que devem ser evangelizados, de sentirem seus problemas, dificuldades e sua boa vontade.

Mas para poderem transmitir a mensagem evangelizadora, é preciso que estejam perto de Deus, e na oração escutem a sua voz. E isso não vale para os padres e religiosos, mas para todos os que Deus quiser enviar para levar sua palavra aos irmãos: catequistas, ministros, leigos, líderes e pessoas que ocasionalmente têm que transmitir um recado de Deus. Tem de haver solidaridade com o povo e união com Deus. Sendo assim, o modelo do batismo de Jesus será sempre a base de nossa missão.

Pe.João Azeredo