"A devoção a São Miguel,
sinal de predestinação."
Embora não se trata de um jubileu, penso que toda festa e padroeiro é um tempo de recomeçarmos com grande júbilo. É o aniversário da Comunidade em torno daquele ícone espiritual que está sobre sua proteção. E por se tratar de recomeço e reconstruções contínuas da comunidade, a providência de Deus trouxe para esta comunidade belíssimos textos bíblicos e litúrgicos. Deparamo-nos com o texto do profeta Ageu (1, 15-2,9).Primeiiro penso que é importante sabermos quem foi o profeta Ageu. Seu nome significa festivo. Foi um dos doze profetas entendidos como menores. Da mesma época do profeta Zacarias, foi pertencente ao último período do profetismo israelita, o que significa que ele se localiza no período pós-exílico.No trecho de hoje, ele traz a espiritualidade comunitária de um povo que não pode se desanimar na dinâmica de reconstrução do Templo.
Hoje, através do texto, ele exorta Governador de Judá, Zorobabel e Josué, pelas obras de reconstrução do Templo que tinham cessado pouco depois da chegada dos primeiros judeus do exílio na Babilônia. É como se disséssemos: não podemos desanimar! Isto porque o próprio Deus é o dono da messe que recebemos até de outros trabalhos, de outras proteções e edificações. Aliás, em outras palavras, o Senhor mesmo nos disse isto: “Outros trabalharam e vós aproveitais-vos do seu trabalho” (cf. Jo 4, 38). Por conseguinte, por mais que nós, em nossas comunidades paroquiais ou a partir de nossas residências, trabalhamos para ter um conforto material e espiritual, infinitas são as estruturas ao nosso redor existentes que, pelas quais, não pagamos para tê-las. Exemplos são as inteligências múltiplas, bases das artes de costurar, iluminar, cozinhar, fabricar diversos objetos. Etc. Creio que, no mínimo, o profeta exorta o povo de Deus a ter, no mínimo, um olhar de gratidão a Deus que os tirou da condição de escravos. O esplendor desta gratidão e sua profundidade se perfazem em nossas vidas quantos mais conhecemos de Deus. Não tanto, do que Ele é em si, mas, sobretudo, do que Ele é para nós. Será um curandeiro? Um fazedor de milagres em prol de nossas necessidades imediatas? Um líder espiritual? Um idealizador de uma religião? Ou o “Messias, o Cristo, Filho do Deus vivo”? (cf. Lc 9, 20).
Pe. Antonio Augusto
P. N. Sra. Aparecida
Realengo
Neste dia a novena foi conduzida pela Pastoral da Juventude e pelos Coroinhas.
Pastoral da Comunicação