JESUS TRANSFIGURADO
PERSPECTIVA
DA VITÓRIA
O caminho de Jesus e a
antecipação de seu termo em Jerusalém, formam dentro da teologia de Lucas, o
quadro de referência para a interpretação do evangelho de hoje. Jesus “em
oração” (em Lucas, Ele é o modelo do orante), um pouco
antes de tomar resolutamente o caminho de Jerusalém (Lucas 9,51), tem uma entrevista com Moisés e
Elias, precursores escatológicos, representantes da “Lei e dos Profetas” (cf.
Malaquias 3,22-24). Eles falam com Ele sobre o “êxodo” que ele há de “cumprir” em
Jerusalém (Jesus repete a história do povo - cf. domingo passado). Este “êxodo”
é a passagem para sua glória, como insinua (“os dias de seu
arrebatamento”). Jesus está para completar o seu êxodo, segundo a vontade do Pai. O Pai está presente na “nuvem” (como Deus no deserto). Com mais
clareza do que nos sinais corriqueiros de Jesus, o Pai quer revelar aos
discípulos que Ele é seu Filho amado a quem devemos obedecer. Isto é, de quem
nós devemos tornar discípulos e seguidores. No seu caminho para a glória,
caminho que passa pela cruz (Jerusalém), Jesus é mostrado na forma “consumada” e
gloriosa, para que seus seguidores sejam confortados na fé e na confiança.
Deus dá sinais para que
acreditemos. Contudo, estes sinais não são a plena visão, e se fossem já
não precisaríamos acreditar. Assim fez Deus também com Abraão. Este tinha
assumido sua caminhada na obediência da fé (Gênesis 12), mas não tinha
descendência. Deus lhe jurou que lhe daria descendência, e Abraão acreditou o
que lhe foi imputado como justiça (1° leitura).
O sinal da promessa é um sacrifício, mas o “trabalho” não é nada fácil: os urubus estão aparentemente mais interessados nas carnes recortadas do que Deus; e Abraão, mesmo estando cansado, teve que esperar o por do sol e a escuridão, para ver Deus passar como um fogo devorador entre os pedaços da vítima. Neste momento, o Senhor faz aliança com Abraão.
O sinal da promessa é um sacrifício, mas o “trabalho” não é nada fácil: os urubus estão aparentemente mais interessados nas carnes recortadas do que Deus; e Abraão, mesmo estando cansado, teve que esperar o por do sol e a escuridão, para ver Deus passar como um fogo devorador entre os pedaços da vítima. Neste momento, o Senhor faz aliança com Abraão.
Aliança e promessa no caminho.
Será necessário começar a caminhar,
para ter esta experiência?
Pe.João Azeredo