II – A obra de Cristo e o Espírito Santo (preferível B)
“É bom para vós que eu me vá. Se eu não for, o paráclito não virá a vós. Mas se eu for, eu o enviarei a vós” (cf Jo 16,7).
Meditando sobre a festa de Pentecostes, poderíamos dizer assim: Jesus foi a presença de Deus “em carne”, em existência humana, limitada no tempo e no espaço. Mas a presença de Deus na história da humanidade e no universo não se esgota em Jesus. “O Espírito de Deus enche a Terra e, contendo o universo, tem conhecimento de todo som" (Sabedoria 1,7). O espaço que Jesus deixou ao encerrar sua missão na Terra, é preenchido pelo Espírito que vem do Pai, e que também é Espírito de Jesus, pois diferente dos dois, é o que une o dois.
Meditando sobre a festa de Pentecostes, poderíamos dizer assim: Jesus foi a presença de Deus “em carne”, em existência humana, limitada no tempo e no espaço. Mas a presença de Deus na história da humanidade e no universo não se esgota em Jesus. “O Espírito de Deus enche a Terra e, contendo o universo, tem conhecimento de todo som" (Sabedoria 1,7). O espaço que Jesus deixou ao encerrar sua missão na Terra, é preenchido pelo Espírito que vem do Pai, e que também é Espírito de Jesus, pois diferente dos dois, é o que une o dois.
Assim, o Espírito vem para continuar a obra de Jesus. Ele leva os discípulos a pregar o evangelho (1ªleitura). Ele é dado a Igreja para vencer o pecado (evangelho), como fez Jesus, o “cordeiro que tira o pecado do mundo” (João 1,19). A Igreja tem por missão limpar o mundo do pecado, do ódio, e de tudo o que exclui Deus, tanto nas pessoas como nas estruturas da sociedade, na vida individual e na vida política. Tudo isso acontece no poder do Espírito. Agindo assim, a Igreja completará a obra que Jesus selou com o dom da própria vida e mostrará que “exaltado na cruz, lhe confiou o espírito”.
O espírito é a atualidade de Jesus. Por isso, a alma do Corpo de Cristo é a Igreja (2ªleitura). Ele faz com que Jesus atue no mundo de hoje, por meio da Igreja. Ele faz com que a Igreja não seja mera instituição burocrática, preocupada apenas em perpetuar-se a si mesma. Mas seja constante encarnação do Espírito que veio sobre Jesus no batismos e O levou a realidade sua missão em ser a palavra de amor que Deus dirige ao mundo. Ele é o espírito do Senhor glorioso, laço do amor divino que nos une, e que transforma o mundo em nova criação na qual todos abrem a voz de Deus.
Nínguém pode reclamar para si esse espírito se não está na linha de Jesus. Mas o inverso é verdade também. Ninguém pode cumprir a missão recebida do Senhor glorioso se não se deixa animar pelo espírito que Jesus mesmo pede ao Pai para nós (João 14,16). Cristo é dinâmico e atual em nós graças ao Espírito Santo. Assim, Pentecostes continua acontecendo, como se mostrou no Concílio Vaticano II, quando a Igreja se voltou para os pobres e excluídos, e em tantas outras coisas que não chamam a atenção, mas que mostram a verdadeira “renovação da Terra”, que o Salmo (104, 103) atribui ao espírito de Deus.
O espírito do Senhor enche a Terra, e contém o universo. Nada escapa ao seu calor, se o deixarmos penetrar. Não desejemos o Espírito para brilhar, para sermos diferentes dos outros, mas para sermos condutores de seu calor, para que atinja a todos.
Pe.João Azeredo