1ª Parte
Missão dos Apóstolos pelo Senhor ressuscitado (C)
Lucas 24,46-53
Em todos os
evangelhos a Ascensão de Jesus aparece como início da missão da Igreja (cf.
anos A e B). Isso fica especialmente claro no relato do arrebatamento Dele no fim do evangelho de Lucas, antecipando a Ascensão narrada no início dos Atos
dos Apóstolos.
Jesus explica aos onze a reta compreensão das Escrituras, e o
verdadeiro sentido de Seu messianismo (messias padecente, mas exaltado por
Deus). Explica lhes também que agora está na hora de cumprirem-se as profecias
de Isaías a respeito da missão universal do povo do Senhor:
Ser luz das nações,
propagar a salvação até os confins da Terra (Is 2,3; 49,6; 42,6; cf. Atos 1,8).
Assim como Jesus foi “luz das nações” desde sua primeira apresentação em
Jerusalém (Lc 2,32). A Igreja, a partir de Jerusalém, cumprirá a missão
Daquele que agora é o seu Senhor (24,47). Deus visitou seu povo e seu templo
(Malaquias 3). Agora, Jerusalém torna-se, apesar da incredulidade de seus
chefes, o centro de onde sai a salvação para o mundo inteiro (cf. Is 49,21-22;55,4-5; 56,7; 60,1ss etc.). Porém, é preciso que os Apóstolos
recebam a força do Altíssimo:
O Espírito Santo (cf. Atos 2).
Depois da ascensão de Jesus, os
Apóstolos voltam a Jerusalém, e passam um tempo
em oração, preparando-se para receber “a força do alto”, pelo Espírito que impelirá
Jesus em sua missão. Como Ele sempre orava, assim rezam eles agora.
A missão de Jesus
tornou-se a de sua Igreja. Depois Dele, a Igreja deve ser a luz para as nações “saindo de Jerusalém”. Hoje, Jerusalém fica longe, e a Roma dos
imperadores também. A Igreja do glorioso chegou à periferia do mundo, aos
“confins da Terra” (Atos 1,8; 1° leitura). Na “periferia do mundo” brilha a luz
das comunidades – testemunhas, que por sua fraternidade, solidariedade, justiça
e amor atestam que Jesus é verdadeiramente o Senhor da Glória.
Pe.João Azeredo
Pe.João Azeredo