12 de mai. de 2013


1ª Parte

Missão dos Apóstolos pelo Senhor ressuscitado (C)
Lucas 24,46-53

Em todos os evangelhos a Ascensão de Jesus aparece como início da missão da Igreja (cf. anos A e B). Isso fica especialmente claro no relato do arrebatamento Dele no fim do evangelho de Lucas, antecipando a Ascensão narrada no início dos Atos dos Apóstolos. 
Jesus explica aos onze a reta compreensão das Escrituras, e o verdadeiro sentido de Seu messianismo (messias padecente, mas exaltado por Deus). Explica lhes também que agora está na hora de cumprirem-se as profecias de Isaías a respeito da missão universal do povo do Senhor:
Ser luz das nações, propagar a salvação até os confins da Terra (Is 2,3; 49,6; 42,6; cf. Atos 1,8).
Assim como Jesus foi “luz das nações” desde sua primeira apresentação em Jerusalém (Lc 2,32). A Igreja, a partir de Jerusalém, cumprirá a missão Daquele que agora é o seu Senhor (24,47). Deus visitou seu povo e seu templo (Malaquias 3). Agora, Jerusalém torna-se, apesar da incredulidade de seus chefes, o centro de onde sai a salvação para o mundo inteiro (cf. Is 49,21-22;55,4-5; 56,7; 60,1ss etc.). Porém, é preciso que os Apóstolos recebam a força do Altíssimo:


O Espírito Santo (cf. Atos 2).
Depois da ascensão de Jesus, os Apóstolos voltam a Jerusalém, e passam um tempo em oração, preparando-se para receber “a força do alto”, pelo Espírito que impelirá Jesus em sua missão. Como Ele sempre orava, assim rezam eles agora.
A missão de Jesus tornou-se a de sua Igreja. Depois Dele, a Igreja deve ser a luz para as nações “saindo de Jerusalém”. Hoje, Jerusalém fica longe, e a Roma dos imperadores também. A Igreja do glorioso chegou à periferia do mundo, aos “confins da Terra” (Atos 1,8; 1° leitura). Na “periferia do mundo” brilha a luz das comunidades – testemunhas, que por sua fraternidade, solidariedade, justiça e amor atestam que Jesus é verdadeiramente o Senhor da Glória.

Pe.João Azeredo