6 de mai. de 2013

Os Cenários da Nova Evangelização - 1ª Parte

Vivemos em um mundo marcado por constantes transformações. A realidade está se transformando a cada dia, e a Igreja não pode ficar alheia a esse processo. É necessária uma leitura da realidade em que estamos inseridos, para buscarmos novas formas de evangelização.

O projeto da nova evangelização nada mais é do que buscar novos métodos de evangelização que correspondam ao momento atual, é inserir a Igreja no tempo, anunciando de forma nova a Verdade do Evangelho que sempre foi anunciada. Acima de tudo, a nova evangelização é colocar em prática o pedido de Jesus aos discípulos:

“vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, Filho e Espírito Santo”.                                   Mateus 28

Não se trata de uma tentativa de mudar a Doutrina da Igreja ou os valores essenciais da Fé Católica, ao contrário, trata-se de continuar transmitindo o que sempre foi transmitido, com uma linguagem nova, que corresponda aos anseios de um povo marcado por constantes transformações, seja no âmbito social, político, religioso ou tantos outros.

O Papa João XXIII nos recordou na encíclica Mater et Magistra, a missão essencial da Igreja:

“Mãe e mestra de todos os povos, a Igreja Universal foi fundada por Jesus Cristo, a fim de que todos, vindo no seu seio e no seu amor, através dos séculos, encontrem plenitude de vida mais elevada e penhor seguro de salvação”.

Com essas palavras, o Santo Padre nos ensina que a missão da Igreja não está restrita a um povo ou a um tempo específico, mas é dirigida a todos os povos em todos os séculos da história, até a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não podemos negar que a realidade de hoje não é a mesma do passado, diante disso é primordial que nos questionemos:

Que sociedade é essa em que estamos inseridos?

É inegável que vivamos em um mundo secularizado, como bem nos lembrou o Papa Emérito Bento XVI em discurso proferido aos participantes da Assembléia Plenária do Pontifício Conselho da Cultura no Vaticano em 2010:

“A «morte de Deus», anunciada nas décadas passadas por tantos intelectuais, cede o lugar a um culto estéril do indivíduo. Neste contexto cultural, existe o risco de cair em uma atrofia espiritual e em um vazio do coração, caracterizados às vezes por formas parecidas de pertença religiosa e de vago espiritualismo”.