27 de nov. de 2013

Confissões 2013 - Vicariato Oeste - Forania 1



28/11  N.Senhora de Fátima e São João de Deus 

29/11 São Miguel 


02/12 São João Batista e Nossa Senhora das Graças 


03/12 São José Operário 


04/12 Divino Espírito Santo


05/12 Nossa Senhora Aparecida


06/12 Sagrada Família 


09/12 São José 


10/12 Nossa Senhora da Conceição 

11/12 Cristo Libertador



"A confissão cura, a confissão justifica, a confissão nos concede o perdão dos pecados. Toda a esperança está na confissão.Na confissão há uma chance para a misericórdia".


Santo Isidoro de Sevilha

26 de nov. de 2013

Jesus Cristo Rei do Universo - 3ª parte


- Ora, se Davi era um Rei diferente, Jesus muito mais, como podemos perceber no Evangelho. Seu governo tem alcance além da morte, além do mundo; e este domínio, que supera tudo, ele o abre para o pecador que se converte o “bom ladrão” crucificado ao seu lado. Jesus não é rei sobre um determinado pedacinho de nosso planeta, mas submete a si a morte e o pecado (cf. 1 Cor 15, 25-26). Tudo o que existe para a Glória de Deus – de modo especial, a Igreja – encontra em Jesus seu chefe, sua cabeça – diz a 2ª leitura. Ele é por seu sangue redentor, pelo dom de sua vida, que vence o ódio, o desamor, o pecado.

- Estamos aos poucos redescobrindo que o Reino de Deus, inaugurado por Jesus, deve ser implantado aqui na Terra, na justiça e no amor fraterno. Mas não devemos perder de vista a dimensão eterna do Reino. Ele supera as realidades históricas, “encarnadas”. Ele atinge a relação mais profunda e invisível entre Deus e o homem. Ele é universal, não apenas no tempo e no espaço, mas, sobretudo na profundidade, na radicalidade.

- O projeto de Deus, que Jesus veio definitivamente por em ação, não termina no horizonte do nosso olhar físico. Seu alcance não tem fim. È uma grandeza que vence todo mal, muito além daquilo que podemos verificar aqui e agora. È um reino que não apenas conquista o mundo, mas muda a sua qualidade. Por isso dedicamos-lhe todas as nossas forças e não ficamos de braços cruzados.

Este reino supera o pecado, como Jesus mostra, acolhendo o “bom ladrão”. Pois é o reino do amor. Porém, não legitima o pecado. Zaqueu, depois que se converteu, começou vida nova (Lc 19, 1-10). Se o bom ladrão tivesse continuado com vida, deveria ter mundo radicalmente seu modo de viver... assim, para participarmos, já agora, deste reino de amor, justiça e paz, devemos deixar acontecer em nós a transformação que Jesus iniciou e pela qual Ele deu a sua vida.


As três Leituras desta Celebração Litúrgica

Primeira: (2Samuel 5, 1-3) Davi consagrado Rei em Hebron.

Segunda: (Col 1, 12-20) Restauração do Universo no Reino do Amor de Cristo.

Evangelho: (Lucas 23, 35-43) O Reino do Crucificado.

25 de nov. de 2013

Jesus Cristo Rei do Universo - 2ª parte


A 1ª leitura tem função tipológica, indica o início da linhagem da qual Jesus é a plena realização, a linhagem dos reis dadívicos, “os ungidos” (cristos), executivos de Deus. Mas Jesus supera de longe o modelo dadívico, e seria um anacronismo conceber o reinado de Cristo em termos políticos, como um novo reino de Davi.

Convém refletir sobre o conceito do Reino de Cristo no sentido de reconciliação de Deus com o homem, neste tempo em que tão facilmente o reino de Cristo é confundido com uma grandeza mundana, tanto na ideologia integralista quanto na revolucionária e libertadora. O Reino de Cristo, na visão da liturgia de hoje, é o acontecer da vontade do Pai na reconciliação operada pelo sacrifício de sua vida, não de modo mecânico ou mágico, mas pela participação na fé. Em outros termos, a fé reconhece a morte de Cristo como um divino gesto de amor por nós e produz conversão e adesão a este mesmo amor, superando o ódio e a divisão. Assim, o reino n qual Cristo é investido por sua obediência até a morte, implanta-se também no mundo, mediante a fé dos que nele acreditam e seguem seu caminho.

Jesus Cristo, Rei do Universo

Para coroar o ano litúrgico, celebramos a solene encerramento, a festa de Cristo-Rei. Jesus é apresentado como Rei Nosso e do universo. Mas, o que significa chamar Jesus de “Rei”?
- Não temos em nosso meio, experiência próxima daquilo que é um Rei. Por isso convém prestar bem atenção à 1ª leitura, que narra a consagração de Davi como Rei de Israel. Davi não é apenas chefe do estado e tampouco um Rei considerado deus como os reis do Egito e da Babilônia. Ele é “filho de Deus”, chamado a exercer o reinado em obediência a Deus, o Único Senhor.

24 de nov. de 2013

Jesus Cristo Rei do Universo - 1ª parte

Reino da Cruz, Reino da Fé

Foi genial a idéia dos compositores da renovada ordem litúrgica, de escolher a morte de Cristo na Cruz como Evangelho para a festa de Cristo Rei. O ensejo imediato para esta escolha forma os insultos dos soldados e do “mau ladrão”, como também a prece que o “bom ladrão” dirige ao Crucificado. Todos eles aludem à realeza (messianismo) de Jesus, os primeiros num sentido de escárnio, o último, ao contrário, com um espírito de fé, que lhe consegue a resposta: “Hoje ainda estarás comigo no paraíso”.


Para Lucas, o Reino de Cristo inicia realmente na hora da Cruz, e dele participa aquele que encarna o modelo do comum dos fiéis: o pecador convertido (cf. a pecadora, o publicano, o filho pródigo, Zaqueu, etc.). Isso significa entre outras coisas, que o Reino de Deus (cf. Paulo em Col 1, 20; 2ª leitura). A verdadeira paz messiânica, para Lucas, não é tanto o lobo e o cordeiro pastarem – juntos (Is 11, 6-9), mas o homem ser reconciliado com Deus e participar da vida divina, no “paraíso”, restauração da inocência original. Deste Reino,  homem participa pela fé, que se expressa na oração(outro tema – caro a Lucas): a prece do bom ladrão não é apenas um pedido, mas também confessa Jesus como Rei (“no Teu Reino”, 23, 42). Como, anteriormente, à guisa de prefiguração, outras personagens receberam cura por causa da sua fé (por ex., Lc 18,42), o bom ladrão – recebe o paraíso por causa da sua fé. Podemos, portanto, dizer que, para Lucas, o Reino de Cristo é essencialmente seu poder de reconciliar com Deus os que acreditam nele. Essa reconciliação tem como Centro a Cruz, ato supremo de amor e serviço de Jesus para seus irmãos. No homem de Nazaré, morto por amor, Deus encontra reconciliação com a humanidade, pelo menos, se, pela fé e a conversão ela se solidariza com o filho amado.
A 2ª leitura elabora a mesma visão em termos diretamente teológicos. Deus nos assumiu no Reino de Seu Filho amado (Col 1, 13), no qual temos a salvação e a remissão dos pecados (1, 14). Segue então o famoso hino cristológico (Col 1,15 – 20), que canta Jesus como sendo aquele em que mora a plenitude de Deus: Deus lhe deu tudo, e mais, “quis morar nele com toda sua plenitude” (1,19). Paulo desenvolve sua Cristologia num sentido corporativo: Jesus é a cabeça, a Igreja é o Corpo. Ora, a cabeça não é separada do corpo. Juntas formam a “plenitude”. Sacrificando-se Cristo por nós, em obediência, na morte da Cruz, nós é que somos reconciliados. Assim – e notemos alusão à terminologia messiânica – Cristo instaurou a “paz” pelo sangue de sua Cruz (1, 20).

16 de nov. de 2013


Informações Gerais: 

Data: 20 a 24 de novembro
Horário: De 12H às 23H.

Ingressos:
Serão vendidos na bilheteria situada na entrada do evento (Pavilhão 2). 
Somente em dinheiro ou cartão de débito.

De quarta a sexta: R$14,00 e Meia: 7,00

Sábado e Domingo: R$16,00 e Meia: 8,00

*Idosos e estudantes pagam meia mediante apresentação de documento na bilheteria do evento.
Estacionamento = R$12,00
(A Feira da Providência não é responsável pelo valor cobrado).

Para maior comodidade, possui também: Caixas Eletrônicos, Balcão de Informações, Banheiros, Postos Médicos, Guarda-Volumes, Objetos Achados e Perdidos, Fraldário, Pontos de táxi na saída do evento.

Endereço
Av. Salvador Allende, 6.555 - Barra da Tijuca, RJ.


Como Chegar (Da Zona Oeste):

853- Vila Kennedy x Barra da Tijuca
876- Vila Kennedy x Alvorada
877- Campo Grande x Alvorada
883- Bangu x Barra da Tijuca (via Estrada do Pre)
387- Restinga da Marambaia x Carioca
878- Santa Cruz x Alvorada (via Av. Dom João VI)
896- Pingo D'água x Barra da Tijuca (via Pedra de Guaratiba)
803– Senador Camará x Alvorada
888- Sulacap x Barra da Tijuca (via Ayrton Senna)
889- Sulacap x Alvorada (via Novo Leblon)

5 de nov. de 2013

Missas de outubro

Dia 06 de outubro tivemos a missa celebrada por Dom Edson Pessoa que nos prestigiou com sua presença e nos cativou com sua simpatia devido a ausência de nosso pároco Pe. João Azeredo (por motivo de problemas de saúde).

Paróquia São Miguel e toda a comunidade agradece a sua presença!



Em 20 de outubro recebemos o Pe. William Bernardo que trouxe a Paróquia São Miguel uma celebração cheia de animação e reflexões que devemos nos fazer diariamente.

"No dia Mundial das Missões a liturgia nos chama a uma vida de oração. Assim como Moisés foi chamado a cuidar de de um povo e intercedeu junto a eles na hora da batalha, também somos chamados a missão porque somos um povo missionário."

Não podemos somente orar. "Uma oração que não é acompanhada de testemunhos é uma oração vazia."


Lembrou também as palavras ditas pelo Papa Francisco: "Eu não quero uma igreja tranquila, eu quero uma igreja MISSIONÁRIA"

Obrigado pela presença e dedicação.

4 de nov. de 2013

Dia dos Finados (3ª parte)

   Mas os falecidos não são santos também? Se não fossem santos, isto é, pertencente ao “santo”, a Deus, que sentido teria rezar por eles. Para aliviar as penas do purgatório? Mas isso tem sentido apenas porque já estão encaminhados para Deus. Só lhes falta o “acabamento”! A 2ª leitura de hoje diz que os batizados já co-ressuscitaram com Cristo. Se já somos “filhos de Deus” e ainda não se manifestou o que seremos (2ª leitura de todos os santos), os que já percorreram o caminho são santos, pertencem a Deus, mesmo se ainda lhes falta alguma purificação. A festa de todos os santos e o dia dos finados são uma coisa só: inclui toda a igreja militante, padecente e triunfante. Se estamos convencidos disso, estes dias não se tornam dias tristes, mas dias para curtirmos o pensamento da Glória e da paz que recebem os que procuram, durante sua caminhada na terra, o rosto amoroso do Pai.
   Os santos “acabados” – a igreja triunfante – e os santos “em fase de acabamento” – as almas do purgatório – são solidários conosco que ainda estamos a caminho da santidade, a igreja militante aqui na terra.
   Esta é a comunhão de todos os santos, que hoje celebramos. Temos presente os que nos precederam, não nos fixando na sua imperfeição, mas no destino glorioso que lhes foi designado por Deus. Assim recordamos os nossos pais, que nos deram a vida e a fé cristã; os nossos irmãos e amigos que lembramos com grata saudade, por todo o bem que nos fizeram. E pensamos também em todos aqueles que estão ainda a caminho, e os que estamos lutando lado a lado. Pois a “Igreja pelejante” aqui na terra é a que mais precisa de nossas preces.


As três leituras do Dia dos Finados

Primeira: (Sabedoria 3, 1 - 9) As Almas dos Justos Estão na Mão de Deus.
Segunda: (Romanos 6,3 – 9) Morrer e Co-Ressuscitar com Cristo no Batismo.
Evangelho: (João 11, 17 - 27) A Ressurreição de Lázaro.

3 de nov. de 2013

Dia dos Finados (2ª parte)

   Tal existência, morta para o homem velho, é que o batismo configuração com Cristo, nos encaminha. Portanto, vivemos já a vida da ressurreição, num certo sentido. Quem diz isto em termos expressos é João (evangelho).
   A Marta, que representa o conceito veterotestamentário (ou seja, do antigo testamento) da vida eterna – a ressurreição depois da morte, no fim dos tempos – Jesus responde que, quem crê nele já durante sua vida tem a vida eterna (Jo 11, 25-26; cf. 5, 24). O fundamento de afirmação não convencional assim é que Jesus mesmo é o dom exato lógico por excelência. Quem vê Jesus, vê Deus (Jo 14, 9). Quem aceita Jesus na fé, não precisa esperar a vida do além para ver Deus (na linguagem do antigo testamento), “ver Deus” era a grande esperança...
   Com isso, estamos longe dos temas tradicionais referentes aos
finados. De fato, a celebração dos fiéis defuntos é a celebração de nossa esperança e da comunidade dos santos, “comunhão dos santos”, tanto quanto a festa de 1° de novembro. A liturgia nada diz das penas do purgatório e coisas semelhantes que tradicionalmente estão no centro da atenção neste dia. Ao deixarmo-nos ensinar pela nova liturgia, deslocaremos o acento desta comemoração. Vamos assimilar a espiritualidade desta liturgia para ter uma visão mais cristã da morte, o passo definitivo que conduz a vida verdadeira.

Santos e Finados

   A igreja considera o 1° de novembro – todos os santos – dia santo de guarda, mas os fiéis “guardam” o dia 2, finados – inclusive é feriado nacional. Por quê?
   O povo dá mais importância à oração pelos familiares falecidos do que a celebração dos santos gloriosos. Acha que os parentes falecidos lhe estão mais próximos e precisam mais de oração... Por isso, finados ganha de todos os santos. Também, o povo sofrido é mais sensível ao pensamento do sofrimento e da morte do que ao da glória. Glória nunca conheceu; sofrimento sim. (por isso celebra mais a sexta feira santa que a páscoa da ressurreição!).

Festa de todos os Santos (2ª parte)

    A mesma mensagem proclama a segunda leitura (1Jo 3): Nossa atual santidade por sermos filhos de Deus, embora ainda não seja manifestado “o que seremos” (= a nossa glorificação). Portanto, quem é celebrado hoje é, em primeiro lugar os “filhos de Deus” neste mundo.
   A isto se une a visão antecipada do autor do apocalipse sobre a plenitude dos que aderiram a Cristo, seguiram o Cordeiro (1ª leitura). É o número perfeito das tribos (12 X 12.000), os eleitos de Israel (o autor é judeu cristão) mas também um número inumerável de todas as nações (universalismo – mas ainda assim quem ensine que no céu só se tem 144.000 lugares...).

   Ora, tanto na mensagem das bem aventuranças quanto na visão do apocalipse ganham um destaque especial os mártires, os que são perseguidos por causa do evangelho, os que lavaram suas vestes no Sangue do Cordeiro e vêm da grande tribulação. Testemunhar de cristo com seu sangue é a marca mais segura da Santidade. Mas com ou sem sangue, todos deverão fazer de sua vida um pertencer a Cristo para que possam ser chamados “santos”, isto é, consagrados a Deus “pelo batismo”.
   As orações insistem muito na intercessão dos santos. É um aspecto deste dia, que atinge muito a sensibilidade popular. É preciso fazer aqui um delicado trabalho de interpretação. Confiar em alguém como intercessor supõe sentir-se solidário (familiar) com ele. Será que vivemos como familiares destes intercessores? Será que cabemos na sua companhia?

A Comunhão dos Santos

   - Atualmente pouco de houve falar na “comunhão dos santos”. Todos os que pertencem a Cristo e seu reino instituem uma comunidade viva e real, a “comunhão dos santos”.
   As bem aventuranças (evangelho) proclamam a chegada do Reino de Deus e, por isso, a boa ventura daqueles que “combinam com ele”. Assim, caracterizam a comunidade dos santos, os filhos do rênio e proclamando a sua felicidade e salvação. Jesus felicita os “pobres de Deus”, os que confiam cada vez mais em Deus do que na prepotência, os que produzem paz, os que vêm o mundo coma a clareza de um coração puro etc. Sobretudo os que sofrem por causa do reino, pois a sua recompensa é a comunhão no “céu”, isto é, em Deus. Dedicando sua vida à causa de Deus, eles “são dele”.É o que diz São João (2ª leitura): Já somos filho de Deus e nem imaginamos o que seremos! Mas uma coisa sabemos: seremos semelhantes a Ele, realizaremos a vocação de nossa criação (Gen1, 26). O amor de Deus tomará totalmente conta do nosso ser, ao ponto de nos tornar igual a Ele.
   A santidade não é o destino de uns poucos, mas de uma imensa multidão (1ª leitura): Todos aqueles que, de alguma maneira, até sem o saber, aderiram e aderirão a causa de cristo e do reino: a comunhão ou comunidade dos santos. 

   - Ser santo significa ser de Deus. Não é preciso ser anjo para isso. Santidade não é angelismo. Significa um cristianismo libertado e esperançoso, acolhedor para com todos os que procuram Deus com um coração sincero (oração eucarística IV). Mas significa também um cristianismo exigente. Devemos viver mais expressamente a santidade de nossas comunidades (a nossa pertença a Deus e a Jesus), por uma prática de caridade digna dos Santos e por uma vida espiritual sólida e permanente.
Sobretudo: santidade não é beatice, não é medo de viver. É uma atitude dinâmica, uma busca de pertencer mais a Deus e assemelhar-se sempre mais a Cristo. Não exige disponibilidade para se deixar atrair por Cristo e entrar na solidariedade dos fiéis de todos os tempos santificados e unidos por ele.

As três leituras deste texto:

Primeira leitura: (Apoc. 7, 2-4. 9-14) “Uma grande multidão que ninguém podia contar”.

Segunda leitura: (1Jo 3, 1-3) “Já somos filhos de Deus e Ainda não é manifesto o que seremos”.

Evangelho: (Mt 5, 1-12a) “As bem aventuranças”.

2 de nov. de 2013

Dia dos Finados (1ª parte)

   A liturgia do dia dos finados poderia ser chamada também a liturgia da esperança. Pois, como “o último inimigo é a morte” (1 Cor 15, 26), a vitória sobre a morte é o critério da esperança do cristão. A morte é considerada espontaneamente, como um ponto final: “tudo acabou”. A resposta cristã é: “a vida não é tirada, mas transformada” (Prefácio). Esta resposta baseia-se na fé na ressurreição de Jesus Cristo. Se Ele ressuscitou, também para nós a morte não é o ponto final. Somos unidos com Ele na vida e na morte (Jo 11, 25 – 26; evangelho) ele é a ressurreição e a vida: unir-se a Ele significa não morrer, não parar de existir diante de Deus, embora o corpo morra e se decomponha.


   Trata-se de uma fé, de uma maneira de traduzir o mistério de Deus e da totalidade da existência. Já no antigo testamento, o autor de Sabedoria observa que as aparências enganam: a Justiça dos justos não é um absurdo diante da morte (“Ele não aproveitou nada da vida!”). Pelo contrario, é o começo do estar na mão de Deus, que não tem fim (1ª leitura). Assim também descreve Paulo a existência cristã como estar já unido com Cristo na ressurreição, o que é simbolizado pelo batismo (2ªleitura).

   Assim, a morte, para o cristão, é a pedra de toque da sua vida. Da seriedade à sua vida. Valoriza, na vida, o que ultrapassa o limite da matéria, que é “só para esta vida” (1 Cor 15, 19). Abri-nos para o que é realmente criativo e supera o dado natural da gente.Um ante gosto daquilo que é “vida pneumática”, a gente o tem quando se supera a si mesmo, por exemplo, negando seus próprios interesses em prol do outro. O verdadeiro amor implica, necessariamente, morrer a si mesmo. Superação do homem confinado na perspectiva material, tal é a realizada espiritual que encontrará confirmação definitiva e inabalável na morte. Na morte, o que é verdadeiro e definitivo em nosso existir supera a precariedade da existência, a morte é nossa confirmação na mão de Deus: Ressurreição.

1 de nov. de 2013

Festa de todos os Santos (1ª parte)


    A festa de todos os santos abrange os três momentos do tempo, além da dimensão universal do espaço. De fato, celebramos os justos do passado, celebramos a vocação à santidade futura (o “céu”) e celebramos a santidade como Dom (Graça) presente.
   Com esta dimensão presente é a em que menos se pensa quando se fala de santidade, achamos que ela merece uma atenção especial: é a mensagem das bem-aventuranças, no evangelho de hoje (Mt 5, 1-12, cf. 4° dom. TC. /A). As bem-aventuranças devem ser entendidas como uma proclamação da chegada do reino de Deus para as pessoas que vão ficar felizes com isso (Lc 6, 24-26) acrescentam também aqueles que vão ficar infelizes.
   São ao mesmo tempo, a proclamação da amizade de Deus para aqueles que participam do espírito que é evocado por oito exemplificações, e (sobretudo na versão de Mt) um programa de vida para todos os que escutam a palavra de Cristo.

   Este programa de vida já entra em ação desde o momento que alguém se torna discípulo de Jesus: os que estão realizando este programa já são “santos”. Por isso, este evangelho foi escolhido para a festa de hoje. Jesus proclama a bem, aventurança (a felicidade, o “bem encaminhamento”, a “boa ventura”) dos “pobres de espírito” (= semitismo: os dimuídos até no alento da vida; não se trata de questionável “pobreza espiritual”, porque deles é o reino dos Céus, ele não quer dizer o além da morte – uma recompensa futura pela carência da terra – mas a realidade presente. “Reino dos Céus” é a maneira semítica de dizer “Reino de Deus” (por respeito, Deus é chamado “os Céus”). E o Reino de Deus começa onde se faz a vontade de Deus, como aprendemos no Pai-Nosso, Que Jesus ensina em seguida (Mt 6, 9-13). Se entendêssemos as bem aventuranças somente como uma compensação para depois da morte, elas seriam “ópio do povo”. Mas o contrario é verdade: elas são um incentivo para realizar, desde já o novo espírito que traz presente o Reino. O sentido das bem aventuranças, é exatamente, relacionar o Dom escatológico (expressas nos termos: “serão consoladas, serão saciadas”, etc.) com a realidade de hoje. O dom escatológico não cai do céu mediante a atuação de algum mágico, mas é o que, da parte de Deus, corresponde a atitude do justo, do servo, do “pobre do Senhor”. Corresponde à atitude de não procurar a mera afirmação pessoal no poder e na riqueza mas de dispor-se inteiramente para a obra de Deus “opus Dei”, pelo esvaziamento, a mansidão, a paciência no sofrer, a sede de justiça divina, o empenho pela paz... Em outros termos, somos santo já, na medida em que pertencemos a Deus no presente. Então, também o futuro de Deus nos pertence.