O LAVA-PÉS, EXEMPLO DE JESUS
“Ensina-me a amar”
Não sabemos amar, muito menos amar até
o fim. Quem no-los ensina é Jesus. “Antes da Páscoa... amou-os até o fim... Eu
dei o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu vos fiz ” (Jo 13,1-15 Evangelho).
João, nos situa hoje no contexto da
páscoa. Para os judeus, a ceia pascal é a principal celebração da memória de
sua história, de sua identidade. Eles comemoram a passagem do Senhor, que os libertou da escravidão e fez deles um povo (1° leitura). Jesus,
celebrando a páscoa com os doze discípulos, fez da páscoa o memorial de sua
passagem, missão da parte de Deus, e da volta ao Pai. Através do dom da
vida na cruz, Ele fez da páscoa o memorial de seu amor até o fim.
Paulo nos transmite a tradição geral da Igreja a respeito da
Ceia do Senhor: A eucaristia do pão e do vinho, corpo e sangue (2°
leitura). João, narra no evangelho um fato particular. Antes de iniciar a
ceia, Jesus lava os pés dos discípulos. Um gesto de hospitalidade, carinho, mas sobretudo um serviço de escravo (pois não era o dono da casa quem
fazia isso...). Depois, ele explica:
“Eu vos dei o exemplo...” Devemos lavar os pés uns dos outros, isto é, servir uns aos outros em caridade e humildade.
“Eu vos dei o exemplo...” Devemos lavar os pés uns dos outros, isto é, servir uns aos outros em caridade e humildade.
Jesus disse mais ao tomar a atitude de escravo, apontando para sua morte na cruz. Demonstrou que a cruz é o verdadeiro
“serviço de escravo” que nos presta, e que nos liberta. Não
podemos recusar esse serviço.
Não devemos ter medo de nos comprometer com quem morre por amor a nós!
Não devemos ter medo de nos comprometer com quem morre por amor a nós!
Jesus lavou os pés dos discípulos para lhes dar um exemplo
de serviço na humildade, e do amor radical que O levou a dar a vida por eles.
Também devemos servir uns aos outros, e dar nossa vida
pelos irmãos. Para isso, não basta lavar os pés na cerimônia (pés que já foram bem lavados). Trata-se de tornarmo-nos escravos daqueles que trataríamos
como escravos. É uma subversão. Se levarmos isso a sério, transformar-se-ão até
as estruturas de nossa sociedade.
Pe.João Azeredo