Lucas 13,1-5 é, se possível, mais explícito ainda. Dentro da concepção mágica de que as catástrofes são castigos de Deus, os judeus perguntaram a Jesus que mal fizeram os galileus, cujo o sangue Pilatos misturou com o de suas vítimas quando foram apresentar sua oferta no templo de Jerusalém? E as dezoito pessoas que morreram porque caiu sobre elas a torre de Siloé?
“A questão não é saber que mal fizeram eles; a questão é que vocês mesmos não se devem considerar isentas de castigo, por serem bons judeus; Digo-lhes, se vocês não se converterem, conhecerão a mesma sorte!”.
Jesus responde:
“A questão não é saber que mal fizeram eles; a questão é que vocês mesmos não se devem considerar isentas de castigo, por serem bons judeus; Digo-lhes, se vocês não se converterem, conhecerão a mesma sorte!”.
As catástrofes não são castigos, mas lembretes! E não adianta pertencer ao grupo dos “eleitos”, aos judeus no deserto, aos fariseus do tempo de Jesus, ou aos “bons cristãos” de hoje. O negócio é converter-se! Pois cada um descobre algo a endireitar, quando se coloca diante da face de Deus. Ou melhor, em tudo o que fazemos e somos, mesmo em nossas ações e atitudes mais dignas de louvor, descobrimos os traços de nosso egoísmo e falta de amor. Quando nos expomos à luz da “sarça ardente”, só Deus é santo. Por isso, convertermo-nos sempre.
Se até agora a liturgia nos inspirou o temor do Senhor, o último trecho do evangelho nos traz a mensagem tão característica de Lucas, sobre a misericórdia de Deus (cf. Salmo responsorial). Essa mensagem mostra em forma de paciência (nos próximos domingos, em forma de perdão).
A árvore infrutífera pode ficar mais um ano, pois talvez ela se converta ainda! Mas, algum ano será o último...
A árvore infrutífera pode ficar mais um ano, pois talvez ela se converta ainda! Mas, algum ano será o último...
Pe.João Azeredo